sábado, 25 de junho de 2011

Visita ao Cemitério dos Náufragos

Conforme visita e pesquisa ao Jornal da Cidade, ao artigo “Estudante quer garantir preservação de patrimônio estadual”, pude conhecer melhor a história dos naufrágios no Litoral Sergipano e do Cemitério dos Náufragos.
Os bombardeios no litoral sergipano, a exatamente 20 milhas de Aracaju, A gota d’água para o Brasil entrar na II Guerra Mundial. Três navios da Marinha Mercante brasileira foram bombardeados na costa do Estado de Sergipe, causando a morte de quase 600 pessoas – entre elas mulheres e crianças, passageiros dos navios Baependi, Aníbal Benévolo e Araraquara. A maioria dos corpos vieram para na praia, conhecida hoje como Praia dos Náufragos.
Conforme o artigo do Jornal da Cidade, através do relato do aposentado Rosalvo Fontes, que era funcionário público na época e ficou encarregado de transportar os corpos, os corpos foram levados “para os Cemitérios dos Cambuís e Santa Isabel, em Aracaju, mas depois não deu tempo, pois o mal cheiro era grande. Então enterramos ali mesmo onde hoje é o Cemitério dos Náufragos”.
A maioria dos corpos foi enterrado próximo da praia, em um cemitério criado para receber as vítimas desses naufrágios. Este cemitério é o dos Náufragos que em 1973 foi tombado pelo patrimônio estadual, mas se encontra abandonado.
O artigo do Jornal da Cidade relata o trabalho do estudante de História Luís Fernando Reis Menezes que “quer resgatar esse fato histórico e tornar o Cemitério dos Náufragos Patrimônio Nacional para garantir a sua preservação”.
O artigo do jornal da a dimensão dos bombardeios e sua repercussão:
No intervalo de apenas dois dias, 15 e 17 de agosto de 1942, foram torpedeados pelo submarino nazista U-507 o Bapendi, com 74 tripulantes e 235 passageiros; o Araraquara, que levava a bordo 73 tripulantes e 69 passageiros além de carga geral; e o Aníbal Benévolo, com 64 tripulantes e 83 passageiros, praticamente todos dormindo na ocasião do torpedeamento. Quase 600 pessoas morreram (os números divergem um pouco segundo os registros históricos consultados, mas em todas as publicações, o número de mortos ultrapassou 550). Cinco dias depois, em 22 de agosto de 1942, Getúlio Vargas declarou guerra ao Eixo.



Bibliografia


Jornal da Cidade. Publicação do dia 21 de novembro de 2010. Artigo: Estudante quer garantir preservação de patrimônio estadual.

PORTO, Fernando. A cidade do Aracaju (1855-1865) – ensaio da evolução urbana. Vol. II, Aracaju: Coleção Estudos Sergipanos, 1945.

SANTANA, Julia Maria de, JÚNIOR, Edson Magalhães Bastos & SOUZA, RosemerI Melo e. Aracaju: Crescimento Urbano e Destruição dos Manguezais. Artigo resultante do projeto de pesquisa Geração de Ambiências Didáticas em Geografia, concluído em outubro de 2003.

SEPLAN - Secretaria de Planejamento da Prefeitura Municipal de Aracaju, 2001.

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Um comentário:

  1. Bom dia estava pesquisando sobre os naúfragos da II Guerra e cheguei aqui.
    Bom domingo!
    Carla

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